domingo, 13 de setembro de 2009

Memorial
Não me recordo exatamente o dia em que comecei a estudar, mas lembro-me quando eu tinha sete anos de idade, estudava 1ª série e tinha uma professora chamada Zélia. Ela era meiga e atenciosa, ensinava-nos a ler com paciência e dedicação. Foi naquele ano que me encantei pela profissão e foi a doce professora Zélia que acendeu em mim o encantamento pelo magistério.
Os meus pais me encaminharam à escola, porque queriam que eu aprendesse a ler e estudasse para ter uma boa profissão. Naquele tempo o contato com os livros e com textos impressos, não era tão incentivado como é hoje e os livros que liamos eram as cartilhas. Mas lembro-me de um livro de aventura que li e me chamou atenção, não me recordo se foi o primeiro, mas sei que foi entre a 4ª e a 5ª série e contava uma aventura que se passava em uma ilha, o título era "As aventuras de Robson Crusoé". Além desse li mais uns dois ou três, dos quais tenho vaga lembrança das histórias, porém não me recordo os títulos.
Da 3ª à 8ª série do ensino fundamental, eu estudei em uma escola grande, que tinha uma ampla biblioteca, a qual eu visitava com certa frequência, mas na maioria das vezes apenas para fazer trabalhos ou pesquisas e raramente ia para fazer leituras sem "cobranças".
Foi no Ensino Médio que concretizei meu sonho de infância e fiz o Magistério, pois de fato queria ser professora. E dentre os professores do curso, me recordo bem de Léa, professora de prática de ensino. Admirava seu compromisso com a educação. Mas foi nas aulas da professora
Aurora que resolvi que queria ser professora de língua portuguesa, é certo que ela não era dinâmica, tinha voz retraida, não conseguia controlar a turma e dava aulas de "gramatiguês", repetindo regras e mais regras, mas tinha muita segurança ao passar os conteúdos. Ela me serviu de exemplo, para fazer tudo diferente. Considerava todas as disciplinas importantes, apesar de não me identificar com matemática, mas esse é um trauma que me acompanha desde a 5ª série. Nessa época li muito literatura infantil.
No ensino superior, tive um professor inusitado de literatura sertaneja, chamado Rabelo. Ele procurava de todas as maneiras despertar nossa atenção para as suas aulas, subia nas bancas, batia no birô, batia palmas, andava entre as filas enquanto explicava o assunto, enfim, sempre procurava nos deixar atentos. Foi no ensino superior que de fato tive contatos prazerosos com os livros. Adorava ir à biblioteca para escolher livros e depois comentar com minhas amigas. Li alguns livros da literatura portuguesa e brasileira, mas nessa época me encantei por uma escritora inglesa chamada Aghata Christie, especialmente pela obra "Um cadáver atrás do biombo, que me chamou atenção pela forma como nos envolve com seu suspense.
Hoje tenho consciência da importância da leitura na vida das pessoas e da transformação que ela representa, por isso leio bastante, estou sempre em contato com livros que possam ampliar os meus conhecimentos e proporcionar momentos prazerosos com a minha imginação.